Sr. Giordano, um homem de atitude!
Quantas e quantos existem como ele que, por amor, vão recolhendo e se esquecendo de que o animal não precisa só de abrigo, mas também de alimentação, vermifugação, castração, vacinação e de qualidade de vida. A pessoa pensa estar ajudando e chega a esquecer até mesmo de si própria.
O Sr. Gioradano, de 86 anos, com os seus 50 animais recolhidos das ruas e, muitos ali, crias de crias, estavam em estado lastimável, quando uma de nossas voluntárias nos deu conhecimento da situação. A princípio começamos a mandar ração por intermédio da voluntária, contudo era necessário ir até o local e avaliar o que poderia ser feito. Foi o que fizemos no dia 30/12/05.

O retrato do que vimos era de chorar. Não poderíamos ficar de mãos atadas, tínhamos que fazer algo por este senhor e seus animais. Mesmo sem condições, era necessário tomar uma atitude.

Assim, demos o início a outra batalha em prol dos animais, telefonando para um, pedindo para outro, pois tínhamos que alimentar e castrar os animais de imediato. Mas como fazer isso? Muito difícil, já que não temos convênio com a Prefeitura e para castrar tantos animais o custo é alto. Além disso, tinham que ser alimentados. Porém, as doações de ração recebidas não eram suficientes para tantos animais. Graças à ajuda de pessoas que conhecem nosso trabalho, pelo menos, a alimentação foi garantida. Aí, fomos em busca de castração, internação dos animais doentes com cinomose, pois não eram vacinados, e tratamento dos animais com sarna. Enfim, a situação de saúde era precária também.

Nosso trabalho se iniciou em janeiro e contraímos uma dívida muito grande com as castrações, internação dos animais com cinomose e, em seguida, a vacinação. Fizemos um evento em maio que nos possibilitou saldar todos os credores. Hoje esses animais têm qualidade de vida e convivem dignamente com este senhor que os ama tanto.

Apesar da idade do Sr. Giordano e da aposentadoria miserável que recebe, esses animais precisam continuar a se alimentar e nossa Ong não recebe doações suficientes para a alimentação desses bichinhos. O consumo de ração mensal é de 300kg. A maioria dos animais, que ali se encontra, são de idade e muitos dos mais novos ainda não são sociáveis para que possam ser doados. Claro que estamos trabalhando com eles para que futuramente possam ser adotados.

Desta forma, estamos lançando a campanha de apadrinhamento desses animais, na qual a pessoa interessada estará indiretamente adotando um animalzinho sem o levar para sua casa. Ficará responsável pela alimentação e assistência veterinária, quando houver necessidade. Assim, estamos precisando mais uma vez de sua ajuda para que esses animais nunca mais passem fome e continuem a viver dignamente.

Conseguimos, com a ajuda de colaboradores, castrar, vacinar, vermifugar e, principalmente, alimentar os animais do Sr. Giordano. Saldamos, ainda, a dívida da internação de 6 cães, dos quais apenas uma sobreviveu à doença cinomose. Passamos a nos organizar para manter a alimentação destes cães que, até então, viviam na casa de seu protetor.

Iniciamos a campanha de apadrinhamento e, quando pensamos que a situação estava sob controle, em setembro de 2006, Sr. Giordano, aos 87 anos, sofreu um acidente – uma queda dentro de sua casa. Foi hospitalizado, submetido a uma cirurgia e, aí soubemos que, pela idade avançada, não poderia mais andar e passaria seus dias numa cadeira de rodas.

Os animais permaneceram em sua residência e tentamos mantê-los, contratando uma pessoa para limpeza e alimentação. Porém, esta iniciativa não teve sucesso. Com a ausência do Sr. Giordano, os cães estavam carentes, inseguros e assustados e começaram a brigar.

A alternativa que nos restou foi removê-los e os acomodar em lares provisórios, onde se encontram até hoje.

Destes 45 animais, 6 foram adotados e os 39 cães, que estão sob nossa responsabilidade, são adultos com idade entre 3 e 7anos e outros já idosos. Continuamos trabalhando na socialização dos animais mais jovens, interangindo com eles para que possam encontrar lares que os acolham.

Contudo, o que mais desejamos é manter a qualidade de vida e alimentação constante destes seres que já sofreram tanto. Hoje, são alimentados, vacinados, vermifugados e dormem em lugar limpo e aconchegante. Todos recebem o carinho de seus tratadores, vivem bem e com dignidade. Porém, seriam mais felizes se fossem adotados ou apadrinhados.

COMO APADRINHAR ?

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Regras para o apadrinhamento